Texto em homenagem a todas as mulheres que tenham sido injustiçadas. 
 Mulher Portuguesa
É realmente visível uma evolução acentuada na nossa sociedade no que toca ao papel desempenhado pela mulher.

Atualmente, e desde há quarenta anos até esta data, existem muito mais possibilidades de emprego, entretenimento, vestuário, estilo de vida e até papel familiar a ser desempenhado pela figura feminina.

A mulher portuguesa conseguiu emancipar-se, mas será que o homem português teve a capacidade de interpretar tal acontecimento como nada mais do que algo que já estaria destinado a acontecer há muito tempo? A mulher portuguesa é tão humana como o homem português e desde há séculos que tal conclusão deveria estar assente na mente dos homens deste nosso povo, só que o raciocínio humano, assim como as roda-dentadas inseridas numa engrenagem, não roda sempre na mesma direção.
Só em 2019 morreram 25 mulheres vítimas de violência doméstica. Se tivermos em conta as 7 vítimas masculinas (que eram tão inocentes como as femininas), concluímos que 78% das 32 vítimas deste fatídico destino se tratava de mulheres, podendo ainda acrescentar que desde o início de 2020, já 2 mulheres perderam a vida neste âmbito. Poderemos crer, como forma de consolo, que pelo menos a justiça portuguesa há de ter tomado as devidas providências em relação aos responsáveis, porém tal crença não passa de mais do que isso, um simples pensamento. De facto, a justiça portuguesa recebe as acusações em seus tribunais, mas apenas 14% dos acusados de violência doméstica são condenados, tendo muitas vezes a pena reduzida ou até absolvida (publico.pt). Para fins demonstrativos, temos o caso de Joaquim Pereira, que julgado no tribunal de Baião, foi condenado a quatro anos e cinco meses de prisão preventiva, além de lhe ser exigido o pagamento de cinco mil euros à vítima. O senhor de sessenta anos foi acusado de duas tentativas de homicídio, uma contra o cunhado e a outra contra o seu próprio filho, além da prática de violência doméstica contra a esposa de cinquenta e três anos. Incluindo todas as acusações, Joaquim Pereira conta com quatro crimes em relação a ofensas à integridade física da esposa e outros sete em diferentes âmbitos (tvi24.pt). Recebeu a pequena condenação de apenas quatro anos e cinco meses de prisão, quando à esposa, certamente, tirou muito mais tempo que isso. Para piorar a situação, não é só em relação a maus-tratos e ofensas que as mulheres costumam ficar para trás na sociedade, há ainda as questões salariais. Um estudo realizado pela CITE (Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego) revelou que no nosso país em 2010, contemplava-se uma remuneração média mensal atribuída às mulheres 18% inferior à atribuída aos homens, tendo esta disparidade vindo a diminuir, até em 2015 situar-se em 16,7%. É contemplável uma disparidade ainda maior em relação ao ganho médio mensal (que inclui outras componentes salariais como subsídio de férias e horas extraordinárias), que em 2010 era 20,9% inferior ao dos homens e em 2015, 19,9% inferior. Destaco ainda a questão da diferença entre ganho por hora dos dois sexos, que em termos gerais se verifica no sexo feminino uma inferioridade de 19,1% em relação aos trabalhadores do sexo masculino. O mesmo estudo verifica também que as disparidades ultrapassam a média em cargos superiores, por exemplo, uma mulher que seja diretora de uma dada empresa, costuma ganhar menos que um homem no mesmo cargo e com os mesmos anos de serviço. 
No meio destas desgraças, falta ainda mencionar entre os principais problemas que acompanham a emancipação feminina da mesma forma que a sombra acompanha um objeto, a questão da segurança. Só em 2017, foram vítimas de violação duzentas e três mulheres (pordata.pt), sem contar as vítimas que não efetuaram queixa. Acredita-se que uma mulher que saia acompanhada por um indivíduo do sexo oposto, terá mais segurança e a garantia de que evitará o assédio ou outros maus-tratos, mas até que ponto será justa esta dependência?
As mulheres nascem tão humanas como os homens e as diferenças entre ambos os sexos, são apenas fisionómicas, contudo parece que a sociedade lhes exige submissão e dependência onde não deveria existir.
Entre todos estes problemas, é possível, no entanto, verificar até certo ponto algum progresso. As diferenças salariais intersexuais regrediram cerca de 2% em cinco anos (como citado pelo estudo da CITE anteriormente referido) e a tendência é continuar a diminuir. Além do mais, parece que a população portuguesa começa a encarar-se, cada vez mais, como igualitária e, a cada ano, verifica-se um maior convívio entre rapazes e raparigas nas escolas, o que irá contribuir para uma maior aceitação da diversidade, e para que em gerações futuras se derrubem muros construídos há muitos séculos que nos separam do respeito mútuo. É certo que os movimentos que defendem a igualde para todos os humanos abrangem cada vez maiores populações e o importante é que cada um de nós contribua para este progresso, porque a cada ser humano que respeitamos e aceitamos, maior ficará a soma de cabeças que tencionam tornar o mundo num local mais justo. Acredito que enquanto o Dia da Mulher (ou dia de outro grupo social qualquer) existir, estaremos num mau caminho, pois se a mulher já estivesse realmente integrada, todos os dias seriam o dia da mulher sem que precisássemos de um dia para nos lembrar do quão humanas e importantes elas são. Por isso, que todos tenham esse dia em conta em cada manhã que acordam, até que essa ideia já esteja tão enraizada nos nossos ideais, que nem nos lembremos que algum dia foi necessário uma data para nos lembrar de que somos todos merecedores da mesma condição.

Rodrigo Martins, aluno do 11º B, com base em fontes diversas

Destaques do Magazibn

  • É com grande entusiasmo que anunciamos que a nossa equipa de Voleibol Feminino, escalão de Infantis, no âmbito do Desporto Escolar, conquistou o 2º lugar na fase final, da CLDE Amadora, Cascais e Oeiras, no passado dia 30 de abril de 2025.

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  • Nos dias 1 e 2 de abril, tivemos a visita dos alunos do Agrupamento de Escolas de Ourique no âmbito do projeto MUDA TT (Muda o Teu Território). O grupo foi acompanhado por alguns alunos da turma D, do 12º ano. O objetivo do projeto é promover a partilha da vivência de duas realidades diferentes: o interior, rural/o litoral, urbano. Desta vez, Ourique esteve em Cascais.

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  • A Escola Básica Raul Lino comemorou a Semana do Patrono/ Festa do Patrono (abril de 2025) com atividades diversificadas, diferenciadas, significativas e muito divertidas! 
    A PAZ é o caminho! O presente perfeito é o AMOR! CLICAR AQUI 

  • Na Escola Básica Fernando José dos Santos, no âmbito da celebração da Festa do Patrono dinamizaram-se várias atividades!
    Os encarregados de educação da sala rosa vieram ensinar a fazer surf e a contar uma história.

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  • No dia 10 de abril, durante a Festa do Patrono, na Escola Básica Fausto Cardoso Figueiredo, decorreu o concurso de declamação de poesia, com todos os alunos da escola, com poesias de Luís Vaz de Camões como celebração dos 500 anos do seu nascimento.

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  • O Clube Europeu, em parceria com a secção Erasmus+ , integrou-se no programa da Festa do Patrono do agrupamento, promovendo no dia 14 de abril, na Helena Cidade Moura a atividade" Viver a Europa". Tratou-se de um debate convívio com a presença de diversas turmas do ensino secundário.

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  • No dia 7 de abril realizou-se um Concurso de Leitura, no ginásio da Escola Fernando Teixeira Lopes, com a participação de todos os alunos da escola.
    Este concurso realiza-se todos os anos, durante a Festa do Patrono do Agrupamento, Ibn Mucana. Continuar...
  • No dia 20 de março de 2025 a Escola Fernando Teixeira Lopes recebeu a autora Ana Sousa Martins que apresentou o seu primeiro livro "O Diário da Pulga" e encantou-nos com uma história maravilhosa em forma de diário e uma sessão de autógrafos.

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  • A Feira do Desporto animou a manhã do terceiro dia da Semana do Patrono do Agrupamento Ibn Mucana, 11 de abril, com atividades para todos os alunos do 5º ao 12º ano.

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  • No dia 9 de abril de 2025, no âmbito da Festa do Patrono, celebrou-se o Dia da Poesia, na Escola Básica Raul Lino, com uma atividade dinamizada na biblioteca escolar entre os alunos mais velhos (os padrinhos) e os alunos mais novos (os afilhados).  Continuar...
  • A turma do 8.⁰ D dinamizou a atividade do laboratório aberto, no dia 11 de abril de 2025, na área da Física, inserida na Semana do Patrono do Agrupamento de Escolas Ibn Mucana.

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  • A convite do Vereador Frederico Nunes, as turmas do 12.ºD e E, da Escola Básica e Secundária Helena Cidade de Moura, participaram no Dia da Democracia, que teve lugar no Centro de Congressos do Estoril, no dia 01 de abril, no âmbito da disciplina de Ciência Política. 

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  • No dia 10 de abril seis alunas do 8.ºF dinamizaram as atividades do Projeto Ciência de Palmo e Meio para a turma do 2.º E da Escola Básica Fernando Teixeira Lopes.

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